segunda-feira, 27 de dezembro de 2010


RESTROSPECTIVA 2010

Mais um ano está chegando ao fim
E aqui estou eu, fazendo um retrospecto de minha vida
Não muito diferente dos outros anos
Em minhas lembranças, agora busco guarida
No decorrer desse ano
Tive momentos de alegrias, cantos
Como também de dores e prantos
Houve muitos desencontros físicos e emocionais
Mas também houve grande reencontro espiritual
O qual me fez ter atitudes mais racionais
Discernindo com sabedoria o que para mim seria bom ou mau
Foi um ano que chorei antigas perdas e saudades
Mas me alegrei mesmo na dor
Porque de outrem, perdoei todas as maldades
Plantando em meu coração a semente do amor
A qual um dia será árvore com frutos para toda eternidade
Esse ano realmente foi de séria decisão
E depois de ter tido de Deus a grande revelação
Meu futuro afetivo estava unicamente em minhas mãos
Me orgulhei de mim mesma
Pois ignorei os antigos desejos do meu sôfrego coração
Jamais imaginei que um alguém o qual um dia muito amei
Não mais me causaria estúpida emoção
Com dor e alegria, a  tal amor renunciei
E desse alguém, almejo hoje unicamente sua salvação
Foi um ano que por consequências
Tive que desfazer alguns planos
Diante disso, não cai na inocência
E livrei-me de terríveis enganos
Foi um ano que perdi paixões
Mas muito ganhei
Porque não feri delicados corações
Foi um ano que a ninguém amei
Porque não recebi tocantes declarações
E no meu próprio mundo me refugiei
Para não me levar por superficiais tantações
Foi um ano que logo no início
Conheci alguém o qual tem se tornado especial
Para tudo se concretizar, temos bons indícios
Até porque tudo tá fluindo de forma natural
Do contrário, seremos eternos irmãos em Cristo
Porque desde já, tal presente é algo sobrenatural
Resta orarmos e esperarmos a resposta de Deus
Para que não nos percamos num sentimento passional
O qual nos conduz a um triste "adeus"
E terrível separação espiritual
Verto agora silenciosas lágrimas
Estas não são de dissabor
Mas sinto leveza, esperança e alegria
Pois um anovo ano está por vir com seu resplendor
Trazendo ainda mais vigor para minha vida
Pulsa agora um arquejante coração
Para receber em 2011 do Senhor
As bênçãos que há anos tenho pedido em oração
E se assim não receber todas no novo ano
Não irá desfalecer meu coração
Porque há de chegar minha vitória
Pois a fé, me faz falar e agir com grande convicção
E aqueles que me viram por cauda
Nunca mais me verão estendida ao chão
Mas por cabeça
Recebendo do meu Deus, a preciosa coroação.

                                                                      Josemary Palmeira.

domingo, 5 de dezembro de 2010


TRANSIÇÃO

Os poemas que hoje escrevo

Ainda não percorreram o mundo como tanto almejo

Nas sensações que há anos acumulo

Vieram à tona nesse momento

Causando-me assim um desejo intenso

De cada coração tocar no mais profundo

Não tenho a intenção de nenhum conquistar

Fazendo-o perder o prumo

Porque não sou pérfida na emoção

Mas necessário é demonstrar no que me tornei

Quando um dia deixei a inspiração

Aflorar com intensidade em meu coração.

                                                                               Josemary Palmeira.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010


VEREDICTO



Quão difícil é tomar uma decisão

Essa não pode ser tomada tão somente

Por impulsos provenientes do coração

Ele é enganoso, ardente...

E possivelmente nos conduz a ilusão

Pois nem tudo que se sente é amor

Porém fulminante paixão

Que consequentemente mortifica o corpo

Abate a alma e o coração

Também não posso seguir unicamente a minha árdua razão

Pois, de ir ao encontro da verdadeira felicidade

Ela irá impedir meu coração

Tudo que eu vier sentir

O receio e a frieza terão vazão

Vindo eu, muitos corações ferir

Porém, tenho que tomar a decisão precisa

Através da minha constante oração

A razão e a emoção terão o mesmo peso e medida

E assim me conduzirá o Senhor

A tomar a correta decisão

Não de forma ardente ou fria

Mas com amor e grande sabedoria.


                                                                      Josemary Palmeira.


segunda-feira, 4 de outubro de 2010





GEMIDOS DO ESPÍRITO

 
Tenho sido tão atingida por terríveis lanças e açoites

Esses, não são tão somente no decorrer do dia

Mas torturam-me na escura noite

Estendendo-se por toda uma madrugada fria

Malévolas setas me são constantemente atiradas

De forma que meus ossos afracam a cada dia

Para o fundo do poço caminho calada

E do ser humano não encontro uma só guarida

Pois esse, faz apenas um esboço de minha pele parda

Enquanto desfalece de forma gradativa

Minh´alma que por outrem não pode ser penetrada

Nunca cometi alguma lascívia

Para ser tão comentada

Ou qualquer outra atitude ilícita

Para nessa vida ser tão hostilizada

Só no Senhor encontro a precisa calma

Para essa alma ferida

Que pelas penetrantes lanças aguarda

E de ver minha missão aqui cumprida

Meu espírito se esquiva

Com o desejo de ir para uma terra longínquoa

Onde alegria inicia e jamais se finda

Não mais suporto ser pelos meus esconjurada

Fazendo verter dos meus olhos dolentes lágrimas

Pois, quem tal seta me lança

Não compreende meu espírito

Que dolorosamente clama

Pedindo socorro a um coração

Que há anos inflama

Jamais darei cabo de minha vida

Mas sinto meu fardo tão pesado

Que resta-me tão somente

Revestir-me agora de pano de saco

E esperar pela minha vitória

Que pode ser depois de anos

Ou até mesmo agora

Ou pode ser que Deus tenha para mim outros planos

E quando meus olhos daqui forem cerrados

Terei o fim da minha prova

Porque não estou fadada ao fracasso

Em outro lugar escreverei uma nova história

Tudo que fez meu coração ficar amargurado

Tirarei definitivamente da memória

Sendo assim cessado todo meu enfado

E num corpo revestido de glória

Receberei do Pai um caloroso abraço

Tomando enfim posse da minha eterna vitória.


                                                             Josemary Palmeira

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Repulsa



Ainda que trema meus ossos e meu espírito

Aceitar de forma alguma posso

O cobertor que hoje me é oferecido

Pois, por ilusório calor

Nenhuma expectativa crio

Porque temo que no inverno vindouro

Não mais o tenha para amainar o meu frio.


                                                                     Josemary Palmeira.

O olhar do psicopedagogo

Tem que ser holístico

Tendo a criança como seu principal foco

Não sendo crítico

Mas cautelosamente, fazendo um profundo esboço

Aliando teoria ao lado empírico

Isso não requer esforço, mas dedicação

Para poder concretizar sua investigação

Na qual desvendará na criança

Problemas provenientes da mente e do coração.


                                                                   Josemary Palmeira.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010


 EFÊMERA PAIXÃO

É Vi...

Como outrora havia dito a ti

Por diversos momentos, me refugio

Em algum canto de minha casa

Em busca de um “abrigo”

E com o rosto molhado em pranto

Meus lábios, silencio

Mas a dor de minh´alma

Num branco papel, logo anuncio

Fazendo-me assim exprimir minha angústia

Liberando no silêncio

O grito intenso

Que por todos passa despercebido

E que somente eu ouço em minhas melúrias.

Porque ninguém nunca conseguiu desvendar

O meu “tesouro escondido”

É incrível, porque até então

Só tinha eu tido tristeza e comoção

Palavras q me inspiravam a declamar

Apenas sobre desolação

Mas hoje, tenho um motivo

De buscar em meu quarto, um esconderijo

A minha necessária solidão

Redigir novas palavras

Nas quais podem fazer fluir dos meus olhos alguma lágrima

Mas essa é diferente, porque não me causa dissabor

Não faz ferir o coração

Mas faz vir a minha memória

Lindos momentos, que apesar de parcos

Agora, tornaram-se lembranças

Que minha mente não cansa

Sei que ficarás muito mais que em minha memória

Foi melhor não nutrir nenhuma esperança

Porque entre nós, não poderia nesse momento

Florescer alguma outra planta

Se assim acontecesse, para ambos seria grande o sofrimento

Mas serão eternas as lembranças

Que serão guardadas em nosso coração com muito amor

Que um dia farão parte da nossa história

E a cada instante que for recapitulado

Será com grande ardor

Ah meu amado, com tuas palavras

O toque suave de tuas mãos

Num abraço apertado e um beijo por mim tão almejado

Acendeste em mim a doçura selvagem

Que há tempos não era despertada

Conseguiste dar calma ao meu débil coração

E trazer a tona o meu natural sorriso

Que por trás de uma aparente alegria

Há anos estava escondido

Que és especial não mais tenho dúvidas

E sei que doravante, o meu carinho por ti

Apenas aumenta e acumula

Não tive oportunidade de expressar-me

Da forma como eu queria

Quando aqui estiveste

Mas de uma forma sucinta

Quero agradecer-te

Pelo muito que fizeste em tão pouco tempo

Fazendo fluir em mim desejos ardentes

Nos quais infelizmente tiveram que ser contidos

Mas ainda assim, foi o suficiente

Para em tão poucos dias amainar a dor

De anos de padecimento

E grande dissabor

Não mais quero me estender nas palavras

Mas nesse desfecho, me rompo em lágrimas

E quero tão somente dizer

Que foste um sonho lindo

Que há alguns meses encontrei

Que na verdade ainda duvidei

Mas que tão somente em dois dias concretizei

Não mais tenho certeza

Se um dia te ver, voltarei

Mas a única certeza que sempre terei

É que não mais te esquecerei!!

                                                               Josemary Palmeira

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

REVOLTO

Almejo tanto verdadeiramente me conhecer

Mas sinceramente não sei o que acontece comigo

Quando estou convicta de querer

Não é verdade o que eu digo

E quando me esquivo é sem perceber

Alguns corações repudio

Mas isso não faço por querer

Apenas por receio

De tornar-me presa de um obscuro aprisco

E quando digo que sinto

Não é a outrem que minto

Porém admito

Que na verdade é unicamente a mim mesma

Pois, abrir a porta da felicidade não me permito
                         
                                                                                                      Josemary Palmeira

quarta-feira, 7 de julho de 2010


PERDENDO PARA GANHAR


Muitos foram os momentos

Que ao teu lado senti-me quão criança protegida

Dos sofrimentos e adversidades da vida

Mas pela primeira vez

Pude ter a experiência de dar-te guarida

O que causou-me grande altivez

Ao sentir que por ti fui promovida

Sendo revertida do meu rosto toda palidez

Causando-me estranha sensação

Na qual dissipou do meu corpo toda languidez

Porque foi simplesmente aprazível...

Pois, me encheu de intrepidez

E tal cena será para mim inesquecível

Ninguém, jamais conseguirá ter noção

Da tamanha alegria por mim outrora sentida

Porque Deus me deu naquele momento a mução

De ver-te quão andorinha perdida

Que em meu seio sempre se aninha

Para outrem, isso não toca fortemente a nenhum coração

Nem tampouco a alma fica enternecida

Mas para quem realmente ama

Nenhuma ação pode passar dos olhos, despercebida

Sendo que essa inflama bem mais

Que muitos beijos dados com ardor

Em transas realizadas apenas com “delírios do coração”

Nos quais são confundidos com amor

Causando depois ao coração a sua dissipação

Tal sensação penetrou em minhas entranhas

Tornando um motivo a mais para minha inspiração

Em momento algum meu coração se acanha

Ao falar na mais profunda emoção

Porque o que senti

Não fez fugir minha razão

Mas de forma sábia e precisa

Direcionou meu coração

Causando-me grande comoção

Desejando assim satisfazer todas as tuas manhas

Dando-te total proteção

Cobrindo-te com minha manta

Aquecendo por completo

O frio do teu coração

Velar por um momento o teu sono

Me trouxe a memória

A tua infância na qual não vim a conhecer

Mas quão “mãe” que muito já conhece o teu caminho

Não encontrei obstáculos ou distância para te proteger

Ah meu pequeno grande menino

Ao deslizar minhas lenes mãos em teu rosto

Da tua beleza fiz um longo esboço

De tua alma, senti a leveza

Que pedia socorro quão indefeso menino

Porém, fácil não se rende

Por receio de cair num precipício

Mas infelizmente, vozes artificiosas atendes

Fazendo-te por vezes cravar em ti, dolentes espinhos

Hum... Ao ver-te tão desprotegido

Reprimi naquele momento meu instinto

Da insana paixão do princípio

Para contemplar cada detalhe

Com inocente malícia de menina mulher

Talvez um dia da tua memória eu falhe

E me torne apenas uma qualquer

Porém, agora que despertaste saibas

Que ao sentir-te frágil

E seguramente dormindo em meu regaço

Foi suficiente para me envolver

Não em torrentes lágrimas

Mas contidas, que meu coração pôde aquecer

Eram lágrimas cristalinas, cálidas e silenciosas

Sendo quão verdadeiras jóias raras e preciosas

Essas me trouxeram paz

Fazendo de minh´alma ditosa

Do amanhã, nada sei

Mas, no amor sou generosa

Contigo, nunca briguei

E apesar de já teres me causado marcas dolorosas

Sempre te perdoei

Como é possível, um dia termos uma união gloriosa

Também renunciar-te, poderei

Quanto ao nosso futuro não estou ansiosa

Porque do meu sentimento nunca duvidei

Mas só o tempo

Que é senhor da sabedoria

Definirá qual será o tipo de amor

Que irá prevalecer em nós

Pode ser que um dia

O nosso enlace, venha desatar todos os nós

E a semente que outrora plantamos

Poderá brotar em nosso jardim

A flor do amor que há anos dentro em nós guardamos

Como também poderá brotar a flor

Que a amizade venha regar sem nunca exaurir

E que eternamente irá exalar excelente olor

Não importa quão diferente seja o caminho

Que será por nós percorrido

Pode ser que nos reencontremos um dia

Ou nesse duvidoso destino

Um do outro nos percamos

Mas agora tão somente digo

Que se em reciprocidade nos amamos

Com convicção afirmo

Que cada pecado por nós cometido

Sinto que pelo Senhor

Serão todos perdoados

E ainda que a dor futura

Venha ser forte ao lembrarmo-nos do passado

Para nosso coração sempre haverá a cura

Mas da mente um do outro jamais seremos exterminados

Com o teu amor

Houve tempestade, mas também

Encontrei sempre o abrigo preciso

Por momentos emudeci

Recolhendo o tão almejado irado grito

No qual necessariamente

Teve por momentos que ser contido

Meu amado, contigo não farei nenhuma aliança

Deus e o tempo incumbir-se-ão

De fazer o verde da esperança brotar ou não

Cabe agora apenas a mim calar

E dizer obrigada

Porque nunca me arrependi de te amar!!!
  
                                                                                                       Josemary Palmeira.